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Partido Alto Nota 10 vol2

História

Nordestino, desde sua infância foi ligado à música e sempre “sentiu” que apresentava o dom de tocar, causando atritos com a família.

Seu pai, da Marinha Mercante, saiu de casa quando Bezerra era pequeno, vindo morar no Rio de Janeiro. Com isso, depois de ingressar e ser expulso da Marinha Mercante, descobriu o paradeiro do pai e veio atrás dele. Causando mais atritos com o pai, foi morar sozinho, no Morro do Cantagalo, trabalhando como pintor na construção civil. Juntamente, era intrumentista de percussão e logo entrou em um bloco carnavalesco, onde um dos componentes o levou para a Rádio Clube do Brasil, em 1950.

Durante sete anos viveu como mendigo nas ruas de Copacabana, onde tentou suicídio e foi “salvo” por um Santo da Umbanda, onde ele se tornou um praticante até ingressar numa Igreja Evangélica. A partir daí passou a atuar como compositor, instrumentista e cantor, gravando seu primeiro compacto em 1969 e o primeiro LP seis anos depois.

Inicialmente gravou músicas sem sucesso. Mas a partir da série Partido Alto Nota 10 começou a encontrar seu público. O repertório de seus discos passou a ser abastecido por autores anônimos (alguns usando codinomes para preservar a clandestinidade) e Bezerra notabilizou-se por um estilo Sambandido (ou Gangsta Samba), precursor mesmo do Gangsta Rap norte-americano. Antes do Hip Hop brasileiro, ele passou a transmitir do outro lado da trincheira da guerra civil não declarada: “Malandragem Dá um Tempo“, “Seqüestraram Minha Sogra“, “Defunto Cagüete“, “Bicho Feroz“, “Overdose de Cocada“, “Malandro Não Vacila“, “Meu Pirão Primeiro“, “Lugar Macabro“, “Piranha“, “Pai Véio 171“, “Candidato Caô Caô“.

Em 1995 gravou pela Sony “Moreira da Silva, Bezerra da Silva e Dicró: Os Três Malandros In Concert“, uma paródia ao show dos três tenores, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras. O sambista virou livro em 1998, com “Bezerra da Silva – Produto do Morro“, de Letícia Vianna.

Em 2001 retornou à fé evangélica através da Igreja Universal do Reino de Deus e em 2003 gravou o CD Caminho de Luz com músicas gospel. Em 2005, perto da morte, mas ainda demostrando plena atividade, participou de composições com Planet Hemp, O Rappa e outros nomes de prestígio da Música Popular Brasileira.

Morreu em 2005, aos 77 anos de idade, perto de completar 78, eternizando-se no mundo do samba.

 Bezerra da Silva, front

Nota do Fhenso:
Este disco me remete ao inicio dos anos 80 quando conheci o verdadeiro samba de terreiro, tocava muito do bezerra para dançar o puladinho, época em que a família se reunia nos finais de semana para ouvir a roda de samba do meu avô no quintal de terra, lembro da fogueira pra esticar o couro do Pandeiro e a afinação do seu violão.

Turma da pessada, Israel (Orelha), Marron, Piranha, Tia Cida, Dona Sebastiana (bisa),(filha de escravos)  versava como ninguem, Laercio, o Tola entre outros que chegavam e saiam sem ao menos dizer um “Oi “ ou “xhau”, assim era estas reuniõs.

Puta lembrança boa, quero homenagear com este post meu super avô “Zeca” (in memorian) que me mostrou o Partido Alto.

 Bezerra da Silva, back

tracks;

1 Pega eu
2 Piranha
3 Acordo de malandro
4 Apolo do samba
5 Se tenho razão
6 O bom sofredor
7 Lugar macabro
8 Bata da vovó
9 Malandra não vacila
10 Não há mais jeito
11 Meu bem
12 Jogo proibido

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