Pular para o conteúdo principal

Samba de Raiz 09

Caco Velho  (Mateus Nunes)

Caco Velho  (Mateus Nunes)
Cantor. Compositor. Instrumentista. Trabalhou como mecânico na Editora Globo.
Interessou-se pelo samba desde cedo. Em 1932, estreou na Rádio Gaúcha como pandeirista do Conjunto Regional de Piratini. O apelido Caco Velho foi-lhe dado por sempre cantar a canção "Caco Velho", de Ary Barroso em suas apresentações. Em 1940, mudou-se para São Paulo, indo tocar no Cassino OK. Em 1941, compôs com Mutt o samba "Olá como vi o senhor" gravado pelo grupo Os Pinguins na Odeon. Em 1943, foi para a Rádio Tupi, ficando conhecido como "o homem da cuíca na garganta" por imitar o som da cuíca com a voz. No mesmo ano, sua toada "Mãe preta" foi gravada pelo Conjunto Tocantins na Continental.
Em 1944, estreou em disco pela Odeon com os sambas "Briga de gato", de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, e "Maria caiu do Céu", de sua parceria com Nilo Silva. No ano seguinte, transferiu-se para a Continental e lançou os sambas "Samba russo", seu e Heitor de Barros e "Mania da Rita", de Conde e Nilo Silva. No mesmo ano, gravou mais quatro sambas "Deu cupim", de Henricão e José Alcides, "Chinezinha", de sua autoria e Heitor de Barros, "Bombocado", de Denis Brean e "Que baixo!", parceria com Lupicínio Rodrigues. Em 1946, seu samba "Não bobeie Calamazu", parceria com Nilo Silva foi gravado na Continental pelos Namorados da Lua. No mesmo ano, gravou os sambas "Meu fraco é mulher", de Conde e Heitor de Barros e "É doloroso", de Heitor de Barros e Alfredo Borba, a batucada "Até onde vai o tubarão", de sua autoria e Mauro Pires e a rancheira "A safona do Gaudêncio", de Heitor de Barros e Conde.
Em 1948, gravou a marcha "Chico Pança", de Antônio Almeida e Alberto Ribeiro e o samba "Alegria de pobre", de Ciro de Souza. No ano seguinte, lançou os sambas "Vou me desabafar", de Osvaldo França e Francisco Lacerda e "Brasa na mão", de Conde e Jair Gonçalves. Em 1950, gravou o samba rumba "Porto Rico", de sua autoria e Heitor de Barros e o samba "Barriga vazia", de B. Fonseca e Luiz Alex. No ano seguinte, lançou os sambas "Mulher abandonada", de sua autoria e Heitor de Barros e "Curto reinado", de Conde e Zé Maria. Em 1952, aderiu à moda do baião e gravou o "Abraço do baião", de Luiz Gonzaga e David Nasser. No lado A desse disco, registrou a polca "A sanfona do jumento", de sua autoria e Vera Porto.
Em 1954, sua toada "Mãe preta" foi regravada na Continental pela cantora Maria da Conceição, na Sinter por Gilda Valença e na RCA Victor por Ester de Abreu. No ano seguinte, foi regravada na Continental por Edson Lopes. Dois anos depois, foi regravada como toada baião por Dirceu Matos na Polydor e se constituiu em seu maior êxito como compositor.
Ainda em 1954, passou a atuar na Columbia e lançou os sambas "Estourou a bomba", de Cyro Monteiro e Dias da Cruz e "Uma só vez", de sua autoria. Apresentou-se como crooner do conjunto de Robledo e depois, da orquestra de George Henri, com quem foi para Paris em 1955, onde permaneceu até 1957 no cabaré La Macumba. De volta a São Paulo, abriu sua primeira casa noturna, a Derval Bar. Ainda em 1955, gravou na Columbia os sambas "Vida dura", de David Raw e Jucata e "Jundiaí", de sua parceria com A . R. Robledo. No ano seguinte, tranferiu-se para a RGE e lançou os sambas "Absolutamente certo", Edson Borges e "Porquoi", de sua autoria e Jandir T. de Castro.
Em 1958, foi contratado pela gravadora Continental e estreou com o samba "Bota graxa", de sua parceria com Heitor Carrilho e a marcha "Chegou de Portugal", parceria com Sílvio Arduíno e Edaor. Nessa mesma época lançou o LP "Vida noturna". No ano seguinte, gravou o samba "Banca de rei", parceria com Heitor Carrilho e Filhinho e a "Marcha do Habib", de Habib. Em 1960, gravou o samba "Passe bem", parceria com Heitor Carrilho e Filhinho e o baião "Eh boi", de Hervé Cordovil. No mesmo ano, gravou os sambas "Esterzinha Bueno", parceria com Haroldo Maranhão, homenagem à tenista Ester Bueno que se destacava no cenário internacional na quela época. Por esse período, abriu outra casa noturna, a Brazilian's Bar.
Em 1961, formou seu próprio conjunto e com ele gravou os sambas "Tem que ter mulata" e "A voz do sangue", do compositor gaúcho Túlio Piva. Em 1963, voltou para a Continental e gravou "A cuíca está roncando", de Raul Torres e "Onde está", de sua autoria e Lúcio Martins. Por essa mesma época lançou o LP "O comendador da bossa nova".
Por volta de 1966, partiu para San Francisco, nos EUA, com o conjunto Brazilian's Bar e lá ficou até 1968, quando seguiu para Lisboa, apresentando-se em teatros, rádios e televisão. De volta a São Paulo em 1970, abriu a casa noturna "Sem Nome Drink's". Ainda em 1970, participou do programa Som Livre Exportação, na TV Globo. Suas composições mais famosas foram "Mãe preta" e "Barco negro", ambas gravadas por Amália Rodrigues e tocadas em boa parte do mundo. Muitos críticos, sem saber que o compositor era brasileiro, o consideravam um importante fadista português. "Barco negro" tornou-se sucesso internacional e um dos maiores triunfos da cantora Amália Rodrigues. Muita gente pensava que a música fosse até do folclore português, tão famosa ficou na voz de Amália Rodrigues que a gravou várias vezes. Morreu prematuramente aos 51 anos de idade.
Fonte dicionariompb

Samba de Raiz 9
Samba de Raiz 09
   Adoniran Barbosa - Triste Margarida (Samba Do Metrô)
   Argemiro Patrocínio - Solidão
   Beth carvalho - Te Segura
   Caco Velho - A Cuica Esta Roncando
   Cartola - Disfarça e chora
   Clara Nunes - O Mar Serenou
   Eliana Pittman - Mare Mansa
   Gallotti - Só pra chatear - Tá maluca
   Jair do Cavaquinho - Francamente
   João Nogueira - Gago Apaixonado
   Jorginho do Império - Rei Sem Saber
   Maria Creuza - Quem Lucrou Fui Eu
   Martinho Da Vila - Marejou
   Nelson Cavaquinho - Luto
   Noel Rosa de Oliveria - Feliz E Quem Sabe Esperar
   Os Cinco Crioulos - Brigaram pra Valer
   Paulinho da Viola - Sentimentos
   Roberto Ribeiro - Império bamba
   Sapoty da Mangueira - Sirie
   Velha Guarda do Imperio Serrano - Sou imperial
   Ze Catimba & Brasil Ritmo - Martin Cerere

Comentários

http://www.4shared.com/file/199137562/e6fd7f26/Samba_de_Raiz_09.html

Postagens mais visitadas deste blog

Mega Post Swing Brasil Vols. 01 ao 20

Após algum tempo sem links ativos, repostagem dessa super coleção de Samba-Rock.   Link da pasta contendo os 20 Vols. no servidor  Mega .

Swing Brasil Vols. 01 ao 10 Repostagem Parte I

01 Litlle bitty preeton.mp3 02 teenager in love.mp3 03 baby come back tome.mp3 04 boy fron new york city.mp3 05 weep no more my baby.mp3 06 why do fools fallin love.mp3 07 wistle stop.mp3 08 lollipop.mp3 09 forever forever.mp3 10 a lover's question.mp3 11 lover please.mp3 12 dametemi un martello.mp3 13 that's why.mp3 14 frankie.mp3 15 if had a hamme.mp3 16 Got My Mojo Working.mp3 17  Bert Kaempfert & His Orchestra - Afrikaan Beat.mp3 18 sugar lip's.mp3 19 samba de uma nota só.mp3 20 hobbies.mp3 21 the pianist.mp3 Link do Arquivo Link Alternativo 01 O cravo brigou com a rosa.mp3 02 Carly & Carole.mp3 03 Jesualda.mp3 04 Take me back to Piauí.mp3 05 Meu guarda chuva.mp3 06 Amor dos outros.mp3 07 Quem tem carinho me leva.mp3 08 Se voce quiser mas sem bronquear.mp3 09 Não adianta.mp3 10 É isso aí.mp3 11 Katarina.mp3 12 Você não entende nada.mp3 13 Vendedor de bananas.mp3 14 O telefo

Partido em 5 vol.1e2

Participação de Candeia num LP que foi sucesso instantâneo na época em que foi lançado. Tanto que rendeu mais duas continuações (a última delas já sem o mestre). Os outros bambas que tomam parte neste disco são: Velha, Casquinha, Wilson Moreira, Anézio e Joãozinho da Pecadora. Uma curiosidade interessante: devido ao sucesso deste disco que o grande Wilson Moreira resolveu largar sua profissão de carcereiro e seguir carreira de sambista. O CD é parco em informações, não tem qualquer tipo de encarte, mas pelo que os músicos falam entre as faixas ainda se descobre que a cozinha do disco é dos mestres Luna e Marçal. Procure este disco na seção de saldos das lojas de discos, normalmente é lá onde ele se esconde. Formação: Candeia, Velha, Joãozinho Pecadora, Wilson Moreira, Anézio e Casquinha. 1. Lá Vai Viola (Candeia) 2. Defeito de Mulher (Velha) 3. Preta Aloirada (Casquinha) 4. Minha Preta (Anézio) 5. Linha de Candomblé (Joãozinho Pecadora) 6. A Valta (Candei