Suingue, samba rock, balanço, charme, groove. Bebeto tem tanto essas coisas que até transborda. Desde a década da calça boca de sino, o cabelo black power e o sapatos cavalo de aço, ele é o sujeito que segura a nega. Assim dizia o título do hit, extraído do seu disco de estréia, “ Bebeto ”, lançado em 1975. Dizia, não. Previa. Mais de três décadas depois, ele reaparece com um disco elegantemente chamado “ Prazer, eu sou Bebeto ”. E prova – com respeito, simpatia, alegria e todas aquelas palavras lá de cima – que ainda segura a nega. Prazer de lançar um disco, na verdade, Bebeto não tinha há quase seis anos. Redescoberto por DJs aqui e lá fora, ele passou esse tempo desfilando o repertório de quase 40 discos em incontáveis shows pelo Brasil. No palco, Bebeto está em casa. Foi ali que ele conquistou o público dos bailes black do subúrbio do Rio e depois contagiou o resto do país com seu requebrado musical. Aquela é a sua base eleitoral, faz tempo. Não tem como não dar samba. - Faço muito...